Candido Portinari, um dos grandes expoentes da arte brasileira, assinou a pintura que compõe o afresco da Igreja de São Francisco

Um olhar sobre a obra de Cândido Portinari (1903-1962) em um dos patrimônios culturais do Estado reconhecidos mundialmente, a Igreja de São Francisco de Assis, que integra o conjunto arquitetônico e paisagístico da Pampulha. Construído nos primeiros anos da década de 40 e inaugurado em 1943, o Conjunto arquitetônico e paisagístico da Pampulha foi tombado em 1984 e inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, no Livro do Tombo de Belas Artes, no Livro do Tombo Histórico, das obras de Artes Históricas e dos Documentos Paleográficos ou Bibliográficos e no Livro do Tombo das Artes Aplicadas. A obra de Portinari na Igreja da Pampulha é datada de 1944. Cândido Portinari foi um artista plástico brasileiros reconhecidos mundialmente pelo conjunto da obra.

As obras de Portinari estão presentes no altar e azulejos internos e externos da Igreja da Pampulha, cuja composição das pinturas em azuis e branco, linhas que definem contornos, sinuosos e áreas sombreadas. As pinturas que compõem o afresco da igreja retratam cenas da vida de São Francisco de Assis. A composição acompanha a forma da fachada da igreja que é constituída por quatro arcos. Todo o fundo da composição está dividido por linhas nas diagonais formando quadrados que sugerem uma rede, sendo que sobre cada quadrado vê-se ou um pássaro ou um peixe. As figuras e os animais se destacam por estarem definidos por linhas de contorno bem marcadas.

No primeiro arco, São Francisco, em pé, de perfil para a direita. Tem os braços esticados à sua frente parece estar falando a pássaros escuros que estão esboçados à sua volta. Entre o primeiro e o segundo arco, figura ajoelhada de perfil para a esquerda com as mãos no chão. No arco maior, vê-se na diagonal da esquerda para a direita, de baixo para cima, três figuras. A primeira delas a imagem usa uma longa túnica esvoaçante, tem os braços esticados para os lados e as pernas bem afastadas sugerindo estar dando um grande passo. Mais para cima, outra figura voltada para a esquerda, usando longa túnica com cauda atrás, também de braços esticados para os lados e pernas ligeiramente afastadas. À direita e para cima, parte de uma construção, com cobertura plana sugerindo ser de telhas, com janela através da qual vê-se meio-busto de criança, também com os braços abertos e esticados para cima. Ainda no arco maior, embaixo, ao centro, lobo deitado de perfil para a direita e com a cabeça para frente tendo à sua esquerda São Francisco, em pé, de perfil para a esquerda. O santo parece olhar na direção dos braços que estão dobrados sendo que o direito está para frente. No quarto arco, São Francisco sentado de perfil para a esquerda, com os braços dobrados e as mãos na direção de três aves que estão pousadas no chão, alinhadas lado a lado. Um pouco mais atrás, árvore com tronco largo e copa pequena.

Fontes: Guia dos Bens Tombados Iepha-MG (iepha.mg.gov.br) e Projeto Portinari (portinari.org.br)

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