O Governo de Minas, por meio da SECULT-MG, do IEPHA-MG e da EMATER em parceria com a Comissão para a Promoção dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal, realizam a exposição que reúne as 20 fotos finalistas do Concurso Cultural de Fotografia 2025 “De Olho no Queijo”, promovido pelo IEPHA-MG pelo reconhecimento como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. As imagens retratam com sensibilidade o saber tradicional, o cotidiano e a identidade das regiões produtoras, celebrando uma das mais autênticas expressões da cultura mineira.

O concurso teve um sucesso de participação com 177 inscritos. A Comissão Julgadora do Concurso composta por representantes da SECULT/MG, EMATER e IEPHA/MG se reuniu em março e analisou as fotos habilitadas para concorrer.

As 20 (vinte) fotos finalistas receberão certificado de participação no concurso que serão divulgadas pelos canais de comunicação do Governo de Minas, redes sociais da SECULT/MG, do IEPHA/MG e do Circuito Liberdade, e participarão de exposição. Dentre essas finalistas, as três imagens fotográficas vencedoras ganharão kit de publicações do IEPHA/MG e prêmio em dinheiro: sendo que o 1º lugar receberá R$ 3.000,00 (três mil reais); o 2º lugar, R$ 2.000,00 (dois mil reais); e o 3º lugar, R$ 1.000,00 (hum mil reais).

O Concurso "De Olho no Queijo" é uma iniciativa do IEPHA/MG para promover e difundir o reconhecimento dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO, ocorrido em dezembro de 2024.

Informações ou Serviço:

•          Período: 14 de junho de 2025

•          Horário: 11h

•          Local: Evento Mega Leite, Parque de Exposição da Gameleira - Av. Amazonas, 6.020 - Gameleira, Belo Horizonte/MG

•          Entrada: Gratuita

•          Classificação: Livre

Cronograma da exposição

14/06 – Evento Mega Leite – Expominas, BH

26 e 27/06 – Expoqueijo, Araxá

1º/07 – Hall de entrada do Centro do Patrimônio Cultural Cemig, Praça da Liberdade – BH (sede do IEPHA-MG)

Vem aí a 11º Noite Mineira de Museus e Bibliotecas, que abre as portas do IEPHA-MG para contar as histórias de amor que estão marcadas em nossa memória. Por meio da Diretoria de Promoção, a Gerência de Documentação e Informação programou uma palestra especial, no dia 12 de junho, enfocando o tesouro bibliográfico em relação à obra Marília de Dirceu e a paisagem de Diamantina retratada no livro Chica e João.

As inscrições para participação poderão ser feitas na plataforma do Sympla, clique aqui.

Confira e se inscreva!

Informações:

 

Tema: O Amor e o Patrimônio Cultural

Data: 12 de junho de 2025

Local: Sede do IEPHA-MG

Praça da Liberdade, nº470 - Funcionários - 1º andar

Gerência de Documentação e Informação do IEPHA-MG

Inscrições: Sympla.com.br, clique aqui

Entrada: Gratuita

Classificação: Livre

Horário: 18h às 20h

 

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O Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (CONEP) aprovou, em 3 de junho de 2025, a Deliberação CONEP Nº 01/2025, que institui a Declaração da Paisagem Cultural de Minas Gerais, cria seu Catálogo oficial e estabelece diretrizes para seu reconhecimento, gestão e promoção. Proposta pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG) e pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG), a medida representa um marco na política de preservação cultural brasileira.

Minas Gerais, o estado com o maior número de bens reconhecidos pela UNESCO no Brasil, dá mais um passo à frente na vanguarda da proteção patrimonial. A Declaração da Paisagem Cultural adota os conceitos mais atuais da Convenção do Patrimônio Mundial da UNESCO, ao reconhecer a paisagem como expressão viva da interação entre o ser humano e o meio ambiente, onde se entrelaçam natureza, cultura, modos de vida e simbologias coletivas.

O texto aprovado define paisagem cultural como "qualquer parte do território de Minas Gerais, tal como percebida pelas populações, cujo caráter é o resultado da ação e interação de fatores naturais e humanos ao longo do tempo". Entre os critérios estão o valor histórico e cultural, a relevância simbólica para a identidade local, a presença de práticas culturais vivas e a contribuição para o desenvolvimento sustentável.

“Este é um instrumento que permite compreender o território em sua totalidade e complexidade”, afirma João Paulo Martins, presidente do IEPHA-MG. “Não estamos falando apenas de monumentos ou marcos naturais, mas de tudo que configura o modo de viver e sentir mineiro: o café no fogão a lenha, a fé nas encruzilhadas, o Congado no adro da igreja, o cheiro do queijo fresco, o acolhimento generoso das nossas comunidades. Tudo isso é paisagem.” A transversalidade do conceito transforma a paisagem cultural em eixo estruturador de diversas políticas públicas, articulando cultura, meio ambiente, turismo e desenvolvimento regional. O novo instrumento dialoga diretamente com o turismo cultural e de natureza, a gastronomia mineira, os ofícios tradicionais, o acolhimento afetivo e a sustentabilidade como projeto de futuro.

“Em Minas, a paisagem tem cheiro, sabor, som e calor humano. É o campo florido, mas também a mesa posta, a hospitalidade silenciosa e o sincretismo das festas. Reconhecer isso como patrimônio é um gesto de modernidade e profundidade. É proteger o visível e o invisível. É colocar o afeto como parte do território”, afirma Leônidas Oliveira, secretário de Estado de Cultura e Turismo e presidente do CONEP.

A primeira iniciativa concreta já está em curso: a Serra da Canastra está sendo dialogada com as comunidades para ser reconhecida como Paisagem Cultural, com a construção participativa de um Plano de Gestão Territorial Sustentável. A proposta busca proteger a beleza cênica da região, garantir o ordenamento das novas intervenções, valorizar os modos de vida locais e fomentar o turismo responsável e integrado à natureza e à cultura.

O reconhecimento também prevê a concessão do Selo de Paisagem Cultural de Minas Gerais às localidades que elaborarem e implementarem seu plano de gestão. As paisagens inscritas no Catálogo poderão contar pontos nos critérios de repasse do ICMS Patrimônio Cultural e do ICMS Turismo, reforçando os incentivos para a preservação com base no pertencimento e na corresponsabilidade.

Minas Gerais reafirma, com essa iniciativa, seu lugar de vanguarda na proteção do patrimônio e propõe ao Brasil um modelo contemporâneo de gestão dos territórios: afirmando que a paisagem é tudo aquilo que nos liga ao lugar – o que se vê e o que se sente.

O Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG) irá realizar o segundo seminário formativo sobre impactos ao patrimônio cultural diante das mudanças climáticas. O seminário acontece dia 11 de junho, das 13h às 17h, no auditório da sede do IEPHA-MG. A programação contará com a participação de especialistas da área de arquitetura, engenharia e patrimônio, que discutirão sobre o tema.

A capacitação integra as ações do Grupo de Trabalho para Preservação Sustentável do Patrimônio Cultural em face das Mudanças Climáticas, instituído pela Portaria IEPHA nº 12/2025, e pretende preparar os técnicos para uma conscientização sobre a fragilidade dos monumentos frente ao seu tempo de existência e aos agentes agressivos, tanto de origem humana quanto climática. Essa preparação dos profissionais do patrimônio cultural requer uma mudança profunda e urgente nos conceitos e nas avaliações das intervenções em todo o conjunto estrutural das edificações históricas, que se encontram, em sua maioria, em avançado estado de degradação.

Ações formativas do corpo técnico do Instituto fortalecem e aprimoram a sua atuação para que haja consonância entre as metodologias tradicionais e as particularidades dos materiais e técnicas atuais, tanto sob os aspectos culturais e educativos quanto sob os pontos de vista socioeconômico e climático.

As inscrições para participação poderão ser feitas na plataforma do Sympla, clique aqui.

Programação:

Palestra 1: O inventário das obras de Oscar Niemeyer em Minas Gerais e as principais vulnerabilidades encontradas nas edificações. - Prof. Dr. Luis Gustavo Molinari Mundim e Me. André Miranda – Arquiteto, IEPHA-MG

Palestra 2: Igreja São Francisco de Assis: concreto armado na arquitetura religiosa da década de 40 e seus conceitos estrutural e arquitetônico Palestrante: Me. Fernando Roberto de Castro Veado – Engenheiro Civil, IEPHA-MG

Palestra 3: Museu de Arte da Pampulha: histórico de intervenções na cobertura e impactos arquitetônicos Palestrante: Me. Lucas Marques Tarabal – Arquiteto, IEPHA-MG

Palestra 4: Mudanças climáticas e o impacto nas construções em concreto - Doutorando Leonardo de Oliveira Araújo (POLIMI)

Informações ou Serviço:

•          Horário: 13h às 17h

•          Local: Auditório do IEPHA-MG (3º andar) – Praça da Liberdade, 470, Funcionários – BH/MG

•          Entrada: Gratuita

•          Classificação: Livre

  • Assista ao vivo no Canal do IEPHA no Youtube, clique aqui.

Em um gesto que celebra a resistência, a ancestralidade e a riqueza da cultura negra de Minas Gerais, o Conselho Estadual do Patrimônio Cultural (Conep) aprovou, por unanimidade, a revalidação do reconhecimento da Comunidade Quilombola dos Arturos como Patrimônio Cultural Imaterial do estado. A decisão foi anunciada na tarde desta terça-feira (3/6), durante reunião realizada na sede do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA-MG), em Belo Horizonte.

Representantes da Comunidade Quilombola dos Arturos e do Comitê de Salvaguarda da Comunidade dos Arturos acompanharam a sessão. “É um dia de muita alegria e emoção. Temos o direito de ir e vir, de cantar, de fazer nossas tradições”, destaca o Mestre José Bonifácio, conhecido como Bengala. Segundo Everton Eustáquio da Silva, “esse reconhecimento do Estado é de extrema importância, um momento muito marcante para nossa comunidade”.

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, celebrou a revalidação do registro da Comunidade dos Arturos como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais. “É o reconhecimento da força, da história e da resistência de um povo que mantém vivas tradições ancestrais e fundamentais para a nossa identidade. Os Arturos, guardiões de saberes, celebrações e modos de vida, ajudam a contar a verdadeira história de Minas e do Brasil”, ressalta a secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Josiane de Souza.

Segundo o presidente do IEPHA-MG e secretário executivo do Conselho Estadual do Patrimônio Cultural, João Paulo Martins, A revalidação é um momento importante previsto na legislação, pois avalia as ações de salvaguarda realizadas nos últimos 10 anos e também marca o reconhecimento das tradições afromineiras”.

Na reunião desta terça-feira (3/6), o Conep também aprovou a criação do Catálogo da Paisagem Cultural de Minas Gerais, documento que será elaborado pelo Iepha-MG com o objetivo de promover e valorizar o patrimônio cultural do estado.

Histórico

Em maio de 2014, a Comunidade Quilombola dos Arturos foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial de Minas Gerais, sendo o primeiro registro de uma comunidade tradicional dentro da categoria de lugares. Em 2024, foi elaborado um Relatório de Reavaliação para o Conep, exigido a cada 10 anos para verificar a continuidade e transformações do bem cultural.

O documento resultou de parceria entre os Arturos, o IEPHA-MG e a Diretoria de Memória e Patrimônio da Secretaria de Cultura de Contagem, com base em pesquisas, entrevistas com lideranças, registro da Festa de Nossa Senhora do Rosário e a realização de um seminário pelos 10 anos do título, entre outras iniciativas.

História centenária

A história da Comunidade Quilombola dos Arturos, localizada em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, teve início há 140 anos, fruto da união de Arthur Camilo Silvério e Carmelinda Silva, descendentes de escravos negros africanos que viviam e trabalhavam na região dos atuais municípios de Contagem e Esmeraldas. Desde então, a Comunidade, atualmente composta por cerca de 230 famílias, preserva e atualiza diversas tradições da cultura negra mineira e brasileira.

Reunião Conep 03 06 25 Foto Isa de Oliveira Acervo IEPHA MGJoão Paulo Martins presidente do IEPHA MG e Josiane de Souza secretário adjunta de Cultura e Turismo de MG Isa de Oliveira Acervo IEPHA MG                                     Foto: Isa de Oliveira, Acervo IEPHA-MG